Entre julho e setembro de 2024, a taxa de desocupação no Brasil recuou para 6,4%, uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (6,9%) e de 1,3 ponto percentual comparado ao mesmo período de 2023 (7,7%). Esse resultado representa a segunda menor taxa da série histórica da PNAD Contínua, do IBGE, iniciada em 2012, ficando apenas atrás do índice de dezembro de 2013 (6,3%).
A população desocupada, ou seja, as pessoas que buscaram emprego, mas não estavam empregadas, caiu para 7,0 milhões – o menor número registrado desde janeiro de 2015. Esse decréscimo representa uma redução de 7,2% em relação ao trimestre anterior (menos 541 mil pessoas) e uma queda de 15,8% em relação ao mesmo trimestre de 2023 (menos 1,3 milhão de pessoas).
Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, explicou que “a queda na desocupação está associada ao aumento contínuo de vagas nas diversas atividades econômicas”.
O total de trabalhadores no país alcançou 103,0 milhões, o maior contingente da série histórica da PNAD Contínua, o que significa um crescimento de 1,2% no trimestre (mais 1,2 milhão de trabalhadores) e de 3,2% no ano (mais 3,2 milhões de pessoas).
Indústria e Comércio impulsionaram esse crescimento, com expansões de 3,2% e 1,5%, respectivamente, somando 709 mil novos trabalhadores (416 mil na Indústria e 291 mil no Comércio). O setor de Comércio registrou um recorde de 19,6 milhões de ocupados.
Adriana ressaltou que “o terceiro trimestre aponta para retenção ou aumento do número de ocupados na maioria dos setores”, com a Indústria apresentando mais empregos com carteira assinada e o Comércio registrando maior aumento de trabalho sem carteira.
Em relação ao ano anterior, sete setores (Indústria, Construção, Comércio, Transporte, Informação e Comunicação, Administração e Outros Serviços) ampliaram seu número de empregados, enquanto a Agropecuária apresentou uma redução de 4,7%.
No setor privado, o número de empregados alcançou o recorde de 53,3 milhões, crescendo 2,2% no trimestre e 5,3% no ano. Empregados com carteira assinada somaram 39,0 milhões, enquanto os sem carteira atingiram 14,3 milhões. O trabalho com carteira assinada teve alta de 1,5% no trimestre (582 mil pessoas) e de 4,3% no ano (1,6 milhão de pessoas), enquanto o contingente de empregados sem carteira subiu 3,9% no trimestre e 8,1% no ano.
FONTE: IG
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