Um estudo de longa duração identificou a relação entre maus-tratos na infância e maior risco de desenvolver TDAH na adolescência. Pesquisadores da USP, UFRGS e UFPel analisaram dados de mais de quatro mil pessoas, acompanhadas desde 2004 na Coorte de Pelotas.
Os resultados sugerem um "mecanismo evocativo", onde sintomas de agitação e desatenção nas crianças, influenciados por fatores genéticos, provocam maus-tratos dos responsáveis. Esses maus-tratos, por sua vez, aumentam o risco de TDAH.
A pesquisa destacou que todos os tipos de maus-tratos – físicos e psicológicos – estão associados a um aumento nos sintomas de TDAH. O estudo também incluiu análise genética dos participantes, mostrando que variantes genéticas, quando combinadas, têm um impacto maior no desenvolvimento do transtorno.
Os resultados reforçam a importância de políticas públicas para prevenir maus-tratos e ajudar no tratamento de crianças com TDAH, reduzindo sua prevalência.
Com informações do Jornal da Usp - Editor de Saúde Local: Dr. Willen Moura
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