Como a causa da Morte de Neil Armstrong inspirou Revolução Científica, entenda

Imagem: Creative Commons

Em 2012, Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na lua, faleceu aos 82 anos devido a complicações pós-operatórias, após o que deveria ter sido uma cirurgia cardíaca de rotina.Ele passou por uma cirurgia de ponte de safena, um procedimento comum nos Estados Unidos, com baixas taxas de mortalidade. No entanto, Armstrong morreu em decorrência de lesões cardíacas causadas pela remoção de eletrodos temporários usados para monitorar o coração durante sua recuperação.

Esses eletrodos são frequentemente implantados após cirurgias cardíacas para prevenir arritmias e garantir a segurança do paciente. Porém, o método tradicional de inserção e remoção desses dispositivos pode danificar o tecido cardíaco, aumentando o risco de sangramentos, lesões e falhas.

De acordo com o MIT, em 2019, uma conversa informal sobre a morte de Armstrong desencadeou uma nova linha de pesquisa, publicada na *Science Translational Medicine*. A pesquisa propôs uma solução inovadora para minimizar os riscos associados aos eletrodos temporários, usando dispositivos bioeletrônicos adesivos para monitorar e tratar o coração de forma menos invasiva.

Hyunwoo Yuk, ex-cientista do MIT e coautor do estudo, conta que sua equipe teve um "momento eureka" ao discutir como poderiam evitar complicações semelhantes no futuro. A partir disso, eles desenvolveram um eletrodo bioadesivo, imprimível em 3D, que pode ser implantado de maneira minimamente invasiva e removido com segurança, reduzindo o trauma ao tecido cardíaco.

Fonte: Saúde Today - com informações do MIT

Essa inovação, desenvolvida no laboratório do professor Xuanhe Zhao, combina bioadesão, bioeletrônica e impressão 3D. O novo eletrodo oferece uma aplicação atraumática e é projetado para melhorar a segurança e o desempenho no monitoramento cardíaco.

A empresa SanaHeal, fundada por membros da equipe de pesquisa, está trabalhando para comercializar essa tecnologia bioadesiva em aplicações clínicas, com a esperança de acelerar a sua implementação no cuidado de pacientes cardíacos.