Brasil tem mais mortes por dengue em 6 meses que em 7 anos somados

 Flávio Carvalho/WMP Brasil/Fiocruz - Arquivo

Aumento significativo de mortes por dengue no Brasil em 2024

O Brasil registrou 4.367 mortes por dengue desde o início do ano, ultrapassando a soma de óbitos registrados entre 2017 e 2023, que totalizavam 4.331. Além disso, outras 2.659 mortes estão sendo investigadas até esta quarta-feira (3), de acordo com dados do painel de monitoramento do Ministério da Saúde.

Este ano, o número de mortes é o mais alto da série histórica, superando o recorde anterior de 2023, que tinha 1.179 óbitos. Além disso, o Brasil também registra o maior número de casos prováveis de dengue em 2024. Abaixo, segue o número de óbitos dos últimos anos:


- 4.367 em 2024

- 1.179 em 2023

- 1.053 em 2022

- 315 em 2021

- 583 em 2020

- 820 em 2019

- 201 em 2018

- 180 em 2017


Os boletins do Ministério da Saúde indicam que o Brasil registrou 163 mortes em janeiro, 227 em fevereiro, 601 em março, 1.082 em abril e 1.344 em maio. Em junho, houve uma diminuição para 790 óbitos, e este mês já foram registrados 160 casos.

Quanto aos casos prováveis de dengue, o país teve 243 mil em janeiro, 729 mil em fevereiro e atingiu um pico de 1,6 milhão em março. Em abril, o número caiu para 1,5 milhão e, em maio, para 1,4 milhão. Em junho, houve uma queda significativa para 516.980 casos, totalizando 6,237 milhões de casos prováveis até esta quarta-feira (3).

São Paulo lidera o número de óbitos em 2024, com 1.321 mortes, seguido por Minas Gerais (766), Paraná (555), Distrito Federal (417) e Goiás (322). Esses estados, juntamente com o Distrito Federal, representam 77% do total de óbitos.

O Distrito Federal também apresenta a maior taxa de incidência de casos prováveis, com 9.639,7 casos por 100 mil habitantes. Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo seguem na lista, somando 78% do número absoluto de casos.

A faixa etária mais afetada pela dengue é de 20 a 29 anos, com 1,1 milhão de casos, representando quase um em cada cinco casos. Em relação ao gênero, as mulheres são a maioria, correspondendo a 54,8% dos casos.