Nas ruas da cidade, a sujeira, a poluição e até mesmo animais começaram a surgir à medida que as águas recuam. No bairro Praia de Belas, peixes vivos foram avistados nadando livremente, enquanto um jacaré foi avistado no bairro Menino Deus na terça-feira (7). No centro histórico, cinco peixes foram encontrados mortos boiando perto da calçada.
A inundação também impactou o nível do arroio Dilúvio, que divide Porto Alegre, mostrando parte da vegetação ribeira suja pela enchente.
O rio Guaíba atingiu seu pico de 5,33 metros em 5 de maio, mas desde então começou a diminuir, registrando 4,86 metros na quinta-feira (9) e 4,74 metros na sexta-feira (10). A cidade enfrenta sérios problemas, com o aeroporto e a rodoviária ainda sem funcionamento devido às enchentes, além de casas e comércios alagados.
Segundo projeções do Índice de Pesquisas Hospitalares (IPH), o rio Guaíba pode levar pelo menos 30 dias para atingir níveis abaixo de 3 metros. Na enchente histórica de 1941, quando o rio atingiu 4,76 metros, foram necessários 32 dias para retornar às condições normais.
Os temporais no estado do Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29) resultaram em 107 mortes, de acordo com a Defesa Civil. Há também um óbito em investigação, 754 feridos e 136 desaparecidos. Mais de 327,1 mil pessoas foram desalojadas, com cerca de 68,5 mil em abrigos. No total, 425 dos 496 municípios do estado foram afetados, impactando 1.742.969 pessoas.