Esses dados são destacados no novo boletim "Elas Vivem: Liberdade de Ser e Viver", divulgado recentemente. Ao todo, foram registradas 3.181 mulheres vítimas de violência, representando um aumento de 22,04% em relação a 2022, quando Pará e Amazonas ainda não eram monitorados.
As formas de violência incluem ameaças, agressões, torturas, ofensas, assédio e feminicídio, com 586 vítimas de feminicídios registradas. Em média, a cada 15 horas, uma mulher perdeu a vida devido ao gênero, principalmente pelas mãos de parceiros ou ex-parceiros, utilizando armas brancas ou de fogo.
O boletim ressalta a importância da mobilização contra o feminicídio e outras formas de violência para salvar vidas, destacando a necessidade de denúncias incansáveis para proteger tantas outras mulheres.
O Pará entrou pela primeira vez na área de monitoramento, ocupando a quinta posição no ranking de eventos de violência contra mulheres. Na Região Amazônica, as desigualdades sociais e o garimpo agravam essas dinâmicas violentas.
Comparativamente a 2022, São Paulo foi o único estado a ultrapassar mil eventos de violência, seguido pelo Rio de Janeiro e pelo Piauí, que registrou o maior crescimento percentual.
A metodologia de coleta de dados da Rede de Observatórios baseia-se em um monitoramento diário das mídias sobre violência e segurança, permitindo nomear corretamente crimes que não são tipificados pela polícia, como violência contra mulheres, reduzindo a subnotificação e enriquecendo as análises sobre a realidade.
Fonte: Humaniza Mundo
Fonte: Humaniza Mundo