Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que está detido desde agosto do ano passado sob acusação de interferência nas eleições de 2022, foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a fazer a prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). No entanto, Vasques, que tentava obter a carteira de advogado pela OAB do Distrito Federal, foi reprovado na segunda fase do exame.
Formado em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, Silvinei realizou os exames dentro de sua cela na sede da Polícia Federal em Brasília. Ele obteve sucesso na primeira fase, composta por uma prova de múltipla escolha, realizada em novembro. Contudo, não logrou êxito na segunda etapa, que consistia em uma avaliação discursiva. Seu nome não consta na lista preliminar dos aprovados divulgada pela OAB.
A prisão de Silvinei ocorreu em Florianópolis, como parte da Operação Constituição Cidadã, conduzida pela PF, após determinação de Moraes. As investigações apontaram que Silvinei e outros agentes da PRF teriam usado recursos públicos para interferir no segundo turno das eleições, incluindo supostas manobras para dificultar o trânsito de eleitores nordestinos no dia da votação.
Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, Silvinei negou ter favorecido o então presidente Jair Bolsonaro em sua função na PRF. No entanto, o colegiado, em seu relatório final em outubro, recomendou o indiciamento dele.
Silvinei, antes do segundo turno das eleições, utilizou as redes sociais para expressar seu apoio a Bolsonaro. Após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas, ele se aposentou, aos 47 anos, enquanto as investigações sobre sua conduta durante o período eleitoral estavam em andamento.