Imagem: Creative Commons (Foto: Michael Vadon)
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está programado para ser formalmente indiciado na manhã de quarta-feira (06) por supostamente tentar cometer fraude eleitoral durante a eleição presidencial de 2020 no estado da Geórgia. Além de Trump, outras 18 pessoas também enfrentarão acusações semelhantes.
A audiência está marcada para as 10h30 (horário de Brasília), embora ainda não haja confirmação se será realizada de forma presencial ou virtual, de acordo com informações da NBC News. Durante a sessão, Trump deverá ser informado sobre as acusações que pesam contra ele.
No dia 24 de agosto, Trump se entregou às autoridades do condado de Fulton, na Geórgia, onde foi formalmente processado e divulgou uma foto desse momento. Ele foi libertado após pagar uma fiança de US$ 200 mil, sob a condição de não interferir com as testemunhas do caso, entre outras restrições.
O caso em questão envolve a acusação de que Trump tentou manipular os resultados da eleição presidencial de 2020 na Geórgia, que foi vencida pelo democrata Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos. Um documento de 98 páginas foi apresentado, detalhando 41 supostas violações das leis eleitorais, das quais 13 são atribuídas a Trump, incluindo falsificação e extorsão.
Fani Willis, o procurador distrital do condado de Fulton, afirmou: "A acusação alega que, em vez de seguir o devido processo legal na Geórgia para contestar os resultados eleitorais, os réus se envolveram em uma conspiração criminosa para anular ilegalmente o resultado da eleição presidencial da Geórgia".
De acordo com IG, embora as acusações formais tenham sido apresentadas no mês passado, as investigações tiveram início em fevereiro de 2021, após o vazamento de uma chamada telefônica entre Trump e Brad Raffensperger, o secretário de Estado da Geórgia responsável pelo processo eleitoral. Na chamada, Trump pediu a Raffensperger para "encontrar" 12 mil votos, a fim de mudar o resultado das eleições a seu favor. A acusação alega que "Trump e outros réus se recusaram a aceitar sua derrota e consciente e intencionalmente se uniram em uma conspiração para alterar ilegalmente o resultado da eleição em favor de Trump".