Em seu despacho, Moraes, que atua como relator do caso, justificou a necessidade de estender o prazo devido "à necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento".
Este inquérito tem sido palco de novas questões relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo alegações sobre o caso das joias sauditas, fraude no cartão de vacinação contra a Covid-19 e a troca de mensagens sobre um suposto plano golpista.
A delação premiada do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, recentemente homologada por Alexandre de Moraes, também está vinculada a esse inquérito das milícias digitais. A expectativa é que as contribuições de Cid auxiliem nas investigações, especialmente no que se refere ao suposto plano antidemocrático, pois a Polícia Federal encontrou em seu celular mensagens relacionadas a "uma minuta de declaração de estado de sítio no país".
Outro desenvolvimento relevante inclui a inclusão, no âmbito do inquérito das milícias digitais, de uma operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão contra oito empresários em agosto de 2022. Esses empresários são suspeitos de trocar mensagens com conteúdo golpista em um grupo de WhatsApp. Os investigadores estão analisando o teor das mensagens, considerando-as como peças essenciais para concluir a investigação.