Justiça nega pedido de indenização de Andressa Urach contra Igreja Universal


Andressa Urach, ex-fiel da Igreja Universal do Reino de Deus, denunciou em suas redes sociais ter sido vítima de abuso psicológico e ter sido forçada a fazer doações financeiras à igreja. Urach, que já foi uma das principais figuras públicas da denominação religiosa, afirmou ter passado por uma das maiores decepções de sua vida na instituição.

Urach denunciou ainda que sofreu pressões e manipulações emocionais por parte da igreja, o que acabou prejudicando sua saúde mental. Ela pediu que as pessoas não julguem sua decisão de deixar a Igreja Universal e afirmou que ainda acredita em Deus, mas que não se sente mais representada pela denominação.

No entanto, a Justiça negou o pedido de indenização feito por Urach contra a Igreja Universal, alegando falta de provas. A decisão foi tomada pela 13ª Vara Cível do Foro Regional de Pinheiros, em São Paulo.

Na sentença, o juiz afirmou que "os fatos narrados pela autora não possuem respaldo probatório suficiente para a configuração do dano moral", e que não houve "conduta ilícita imputável à ré [Igreja Universal]". O magistrado destacou ainda que a liberdade religiosa deve ser respeitada, desde que não viole a ordem pública e os direitos fundamentais.

A decisão da Justiça gerou polêmica e levantou debates sobre a possibilidade de responsabilizar instituições religiosas por danos morais decorrentes de abuso psicológico. Enquanto alguns argumentam que as igrejas devem ser responsabilizadas por eventuais práticas abusivas, outros afirmam que a liberdade religiosa é um direito constitucional que deve ser preservado.