Imagem: Marcelo Camargo - Agência Brasil
Nesta segunda-feira (13), a Controladoria-Geral da União (CGU) decidiu derrubar o sigilo do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que o documento é de interesse público devido à postura adotada pelo antigo líder do Executivo brasileiro em relação à vacinação.
No entanto, o Ministério da Saúde só poderá divulgar todas as informações após a conclusão de uma investigação sobre uma suposta fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro. A CGU está responsável pela apuração, visando identificar se o sistema do Ministério da Saúde foi invadido por hackers para inserir informações falsas no documento.
Durante a pandemia da Covid-19, Bolsonaro criticou o isolamento social e fez campanha contra as vacinas, incluindo a Coronavac, produzida na China. Na ocasião, o ex-presidente decretou o sigilo do próprio cartão de vacinação alegando que as informações eram privadas, mas havia suspeitas de que ele poderia ter se vacinado e não queria divulgar aos seus apoiadores que defendiam uma política negacionista.
Nas eleições de 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu derrubar o sigilo do cartão de vacinação de Bolsonaro, e ao assumir o cargo, ordenou à CGU que analisasse todos os sigilos impostos pelo antigo governo. Bolsonaro afirma que não se vacinou, mas em fevereiro foi aberta uma investigação para verificar se o cartão do ex-presidente foi adulterado, pois há um registro indicando que ele teria sido vacinado em 2021.
A CGU confirmou que há esse registro, mas está apurando se houve fraude. A Controladoria explicou que a divulgação do status vacinal de Bolsonaro é de interesse público devido à política pública de imunização durante a crise sanitária.