Pesquisas, reaproveitamento e compras coletivas são algumas das dicas do professor de Ciências Contábeis da Estácio para economizar
Os gastos com material escolar deste ano vão pesar mais no bolso de pais e responsáveis. De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), o aumento nos preços pode chegar a 30%, isso porque subiram os custos de indústrias e importadores com matérias-primas mais a variação do dólar. Para ajudar a reduzir as despesas, o contador e professor de Ciências Contábeis da Estácio, Alan Ribeiro, separou algumas recomendações.
“Uma das alternativas é reaproveitar os artigos que foram pouco utilizados no ano anterior, ou colocar em uso aqueles excedentes, como lápis de cor, borrachas, canetas, apontador e lapiseiras. Antes de sair às compras, faça uma lista dos itens que estão em bom estado de conservação, assim evita-se o desperdício”, indica o professor.
Para quem tem filhos com idades diferentes, é possível fazer um rodízio de materiais e livros didáticos. “Também vale a pena conversar com amigos e familiares e propor troca de livros e uniformes, estimulado o consumo consciente”, explica Alan Ribeiro.
Outra dica para reduzir os gastos com o orçamento escolar é realizar compras coletivas. “Converse com os pais dos colegas dos seus filhos e organizem uma compra coletiva, pois os produtos poderão ser comprados no atacado”, destaca.
O professor da Estácio ressalva que a pesquisa de preços é uma importante aliada. “Faça vários orçamentos, compare os preços e condições de pagamento, e se for pagar à vista, negocie, peça desconto”, recomenda. Realizar as compras pela internet também pode ser vantajoso, mas é preciso ficar atento ao prazo de entrega para não correr o risco de as aulas começarem sem o material ter sido entregue. “Verifique a confiabilidade do site, se há lojas físicas e registro de reclamações de outros consumidores”, orienta Alan Ribeiro.
Embora seja comum crianças e adolescentes terem suas preferências, o docente aconselha os pais a não se apegarem a marcas e personagens, o que pode encarecer o material. “Pesquise sobre promoções, produtos semelhantes a determinadas marcas, mas com a mesma qualidade e durabilidade”, propõe.
O consumidor deve observar com cuidado a lista emitida pela escola e verificar se há algum item que não é de responsabilidade dos pais, tais como: papel higiênico, detergente, álcool, copos e talheres descartáveis, grampo e grampeador, pastas, tinta para impressora, grande quantidade de papel, entre outros.
“Há uma lei federal (nº 12.886/13) que proíbe a inclusão de materiais de uso coletivo na lista. Estes materiais devem ser contemplados na mensalidade escolar”, elucida o professor. Outro ponto de atenção é que algumas escolas cobram uma taxa extra de material que os pais não são obrigados a pagar. “Mas caso efetuem o pagamento, peça que a escola apresente a lista de material detalhada contemplada por essa taxa”, informa.