RN: exportações cresceram quase 90% em dezembro em relação ao mês anterior


Em dezembro, as exportações no Rio Grande do Norte cresceram 87,7% em relação ao mês anterior. Se comparado a dezembro de 2019, o número também cresceu de forma expressiva: 72,7%. O óleo combustível (fuel oil), sal e frutas como melão, melancia e manga foram os grandes responsáveis pelo salto no mercado exterior. 

No entanto, de acordo com a pesquisa realizada pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do estado do Rio Grande do Norte (CIN/FIERN), as exportações ficaram 2,2% menores que as de 2019 no acumulado do ano. 

Considerando o período de agosto a dezembro da safra 2020/21, as exportações de melão estão 1,6% menores em valor que no mesmo período da safra 2019/20. Em contrapartida, o valor é 1,3% maior em tonelagem embarcada. Já as exportações de melancias cresceram 24,9% em relação à safra passada.

O gerente do CIN/FIERN, Luiz Henrique Moreira Guedes, afirma que o resultado de um mês não deve ser encarado como mais importante do que o do ano inteiro, como apontado o estudo. 

“Uma grande variação de um mês normalmente é resultado de um evento que pode ser temporário e normalmente ele é. No caso, foi resultado de um grande embarque de ‘fuel oil’, um produto de ocorrência irregular e cujo valor em dezembro foi muito superior ao que ocorreu das vezes anteriores”, explica. 

Em um ano marcado pela pandemia do novo coronavírus, Luiz Henrique Guedes comenta como a doença impactou no resultado da exportação potiguar. “A pandemia realmente alterou bastante a pauta do estado na maior parte do ano, com alguns produtos mais impactados que outros. É o caso dos peixes e dos tecidos de algodão, que caíram bastante”, avalia o gerente. 

Na balança comercial, as importações cresceram 7,4% e a corrente de comércio ficou quase 1% maior em relação a 2019. Trigo, polímeros, equipamentos elétricos, coque de petróleo e estruturas de ferro fundido foram os itens de maior valor importado.

“O Rio Grande do Norte tem uma pauta bastante diversificada, embora alguns produtos guardem um valor mais representativo. Exportamos bastante fruta fresca, mas também tecidos, pescados, granito, açúcar... Enfim, uma variedade muito grande de produtos com valores importantes, mas que sozinhos não têm um impacto muito grande na pauta quando crescem ou diminuem de forma acentuada”, pontua. 

Para 2021, a meta é continuar crescendo. “Há uma grande expectativa de melhora porque os mercados, apesar da segunda onda da pandemia, demonstram um retorno, principalmente de produtos que dependem de canais de comercialização que envolvem restaurantes, hotéis, como é o caso dos pescados, e vestuário, com os tecidos de algodão”, projeta Guedes.

Fonte: Brasil 61 | Foto: Maiana Diniz (Agência Brasil)