Opinião Diário Potiguar
Muitos possuem a imagem do ensino "supletivo" como um mecanismo para nivelamento e por anos essa modalidade de ensino serviu de ajuda aos que por vários motivos tiveram que nivelar, seja por mudança de cidade, estado ou país, ou por qualquer outra situação. Um exemplo disso é o caso de filhos de militares ou empresários que tiveram que mudar de estado, chegando a perder parte do ano letivo ou a própria mudança trazer prejuízos à aprendizagem, haja visto que são essas transformações na dinâmica dos jovens que podem perdurar para toda a vida.
O Futuro
O que era "nivelamento" pode estar se tornando uma alternativa muito atrativa de reduzir a carga horária de aulas tradicionais e acrescentar um ensino crítico, construtivista e por muitas vezes até sendo possível associar-se ao modelo integral. Neste contexto, com o advento da tecnologia, em um futuro bem próximo poderemos ser levados a períodos letivos cada vez mais curtos, com a utilização de equipamentos avançados de ensino e conseguindo uma interação bem mais vantajosa e envolvente.
De acordo com o Psicólogo Willen Benigno de Moura "O futuro espera de nossos jovens atitudes dinâmicas que possam mudar a maneira como as pessoas se comunicam ou interagem."
Aperfeiçoando. Anos de prática
Aperfeiçoando. Anos de prática
Em uma entrevista à EBC, o sociólogo e membro do Conselho Nacional de Educação Cesar Callegari destacou que só há desinteresse na EJA por parte das pessoas, unicamente porque havia uma falta de preparo de professores, atrelada a falta de estrutura e também da necessidade de um currículo interessante, mas parece que isso mudou.
Nas últimas décadas as empresas do ramo da educação que trabalham com supletivo, hoje a "EJA"(Ensino de Jovens e Adultos), se aperfeiçoaram e evoluíram de tal maneira que praticamente não há discrepância entre o ensino regular. Eles aprenderam a fórmula. E o conteúdo consegue ser passado no formato intensivo e as novas ferramentas causaram uma mudança extraordinária deixando mais intuitivo o método e causando a adesão cada vez maior de pais e jovens.
Ensino à Distância. Pais presentes.
As medidas protetivas a qual estamos vivenciando na pandemia do Coronavírus tem levado a um aceleramento na digitalização dos processos. Pais, hoje, voltaram a ensinar seus filhos em casa, avaliando mais de perto e tendo o apoio da escola como base. Uma previsão intuitiva para o futuro é que em breve os pais possam matricular seus filhos em escolas com períodos letivos mais curtos e ficarem responsáveis por uma parte da carga horária tornando, assim, o ensino completo e integral.
Ensino regular é criticado
Ainda de acordo com a EBC: “Não adianta elevar a idade mínima da EJA sem resolver o problema da Educação que está no ensino regular”, declara a professora da Universidade de São Paulo, Maria Clara di Pierro
Ainda chegaremos lá
Vários são os casos de sucesso de pessoas que passaram por supletivos e venceram na vida e arriscamos dizer que iniciaram o que pode ser, no futuro, uma das principais modalidades de ensino. Hoje a legislação, ao que se vê, não permite que qualquer um ingresse. Os critérios aos quais nossa equipe apurou são: idade mínima de 15 anos para o Ensino Fundamental e 18 anos para o Ensino Médio. Nossa esperança é que, em breve, essa situação possa mudar e o Supletivo passe a ser a principal modalidade de ensino nas escolas, afinal, o mundo e a tecnologia está mudando em uma velocidade admirável e precisamos de jovens capacitados de forma dinâmica para enfrentar a volatilidade da economia e do planeta.
Da Redação: Diário Potiguar