Bolívia se soma a países da América Latina para conter Coronavírus

América Latina reforça medidas de proteção contra novo coronavírus

Colômbia repatria cidadãos; Equador destina hospital exclusivo 

A capital da Colômbia, Bogotá, recebeu na noite desta quinta-feira (27), quinze colombianos repatriados de Wuhan, cidade chinesa onde começou o surto do novo coronavírus. Eles ficarão em quarentena no Centro de Alto rendimento de Bogotá, um moderno complexo esportivo.

Os colombianos estão sendo transportados em um avião da Força Aérea do país e passarão por exames na chegada, durante a quarentena e ao final dos 14 dias de isolamento.

O ministro da Saúde da Colômbia, Iván Darío González, afirmou em uma coletiva de imprensa que haverá atendimento médico especializado e quartos individuais para cada um dos cidadãos transladados.

"A qualquer momento teremos o primeiro caso na Colômbia e estamos preparados para isso também", afirmou González.

Equador

O Equador destinará um hospital para atender exclusivamente casos relacionados ao novo coronavírus. O centro médico, cujo nome ainda não foi divulgado, começará a funcionar na semana que vem.

De acordo com informações do Ministério da Saúde equatoriano, não há casos suspeitos até o momento e o país cumpre com protocolos e medidas de vigilância epidemiológica recomendadas pela OMS. O organismo afirmou, em nota, contar com 194 epidemiologistas e 15 hospitais da rede pública e privada preparados para lidar com a doença.

Bolívia

Na Bolívia, um segundo caso suspeito de contaminação pelo novo coronavírus teve resultado negativo. O ministro da Saúde, Aníbal Cruz, afirmou que nas próximas horas será divulgado o resultado da contraprova para que se possa descartar por completo a hipótese da doença.

Cruz afirmou ainda que, na tarde de hoje, participará de uma conferência com Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela para discutir o tema, com assessoramento da Organização Mundial da Saúde.

Paraguai

Desde a quarta-feira (26) o Paraguai anunciou "alerta máximo" em relação ao novo coronavírus. O diretor de Vigilância Sanitária, Guillermo Sequera, afirmou que a doença deve chegar ao país nos "próximos dias ou semanas", uma vez que já chegou ao Brasil, país fronteiriço.

Há um cidadão paraguaio em observação após ter regressado de uma viagem à China. O primeiro exame deu negativo para a doença, mas ele segue em quarentena por precaução, segundo autoridades paraguaias.

Por Marieta Cazarré - Agência Brasil - Montevidéu
Edição: Aline Leal