Proposta é mudar a representação de Tel Aviv para Jerusalém
O presidente Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante visita ao Muro das Lamentações na Cidade Velha de Jerusalém. - Clauber Cleber Caetano/PR
O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem (8) que mantém sua determinação de transferir a Embaixada do Brasil de Tel Aviv, em Israel, para Jerusalém. Porém, não disse quando definirá a mudança. Segundo ele, quer evitar confrontos e choques. De acordo com o presidente, as resistências vêm, sobretudo, dos palestinos e iranianos.
“Não mudei de ideia, não”, disse o presidente durante entrevista à TV Jovem Pan. “Não queremos confrontar ninguém.”
Na viagem a Israel, encerrada na semana passada, Bolsonaro anunciou a instalação de um escritório de negócios em Jerusalém, destinado aos assuntos de ciências, tecnologia e inovação, além de comércio e economia.
Venezuela
Bolsonaro disse que, em caso de intervenção militar externa na Venezuela, irá consultar as áreas devidas para tomar uma decisão. “Se houver uma invasão lá, o que eu vou fazer? Vou ouvir o Parlamento e o Conselho de Defesa Nacional.”
Para ele, o caminho para pressionar o governo de Nicolás Maduro é o embargo econômico. “Não podemos deixar aquilo se transformar em uma nova Cuba ou Coreia do Norte.”
A crise na Venezuela, segundo o presidente, envolve solução militar. Para ele, as Forças Armadas garantem a sustentabilidade de Maduro no poder, pois há cerca de 2 mil generais no país que o apoiam. “Quem mantém o Maduro em pé é o Exército”, disse.
Bolsonaro reiterou que os Estados Unidos estão na "vanguarda” em relação às medidas que devem ser adotadas na Venezuela. Ele lembrou que, durante seu encontro com o presidente norte-americano, Donald Trump, foi dito que “todas as possibilidades estão sobre a mesa”.
Edição: Luiza Damé | AGÊNCIA BRASIL