Edição Local: Willen Benigno de Oliveira Moura
Imagem: Cardiométodo |
Acompanhamentos com um cirurgião-dentista devem ser regulares para se evitar que uma infecção bucal possa gerar outras doenças mais graves. O professor Manoel Eduardo Lima Machado, do Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia da USP, explica as consequências de uma infecção não tratada, e comenta as atitudes a serem tomadas pelo profissional da odontologia e também pelo próprio paciente.
Segundo dados do Instituto do Coração (Incor), 36% das mortes por problemas cardíacos e 45% das doenças cardíacas são de origem dental. Isso evidencia que um problema aparentemente simples nos dentes, mas que não passou por tratamento adequado, pode ter consequências sérias que colocam a vida do paciente em risco.
As pessoas diagnosticadas com infecções bucais devem adquirir o hábito de fazer visitas frequentes a um cirurgião-dentista, para que um profissional possa auxiliar na recuperação. Além dessa reeducação por parte do paciente, o dentista também deve agir de forma específica nesses casos: é importante que o atendimento clínico seja focado na desinfecção, evitando situações que causem desconforto ao paciente, como cirurgias mutiladoras.
O tratamento contra as infecções deve ser iniciado o mais rápido possível. Assim que realizado, o acompanhamento dura cerca de dois anos e permite que a evolução do caso seja observada e melhor controlada, para que o problema não se expanda e afete outros órgãos.
Ficha técnica:
Edição sonora: Gabriel Soares
Produção: Rosemeire Talamone e Letícia Acquaviva
Por Laura Alegre | JORNAL DA USP