Pacientes devem fazer a colonoscopia, exame que define diagnóstico até mesmo na fase inflamatória da doença, antes de aparecimento do tumor
Imagem: Divulgação Jornal USP |
O Saúde sem Complicações desta falou sobre câncer no intestino com o convidado Omar Feres, médico proctologista e professor do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.
Segundo o professor, esse tipo de câncer surge na mucosa, parte interna do intestino, e por meio de processo inflamatório forma pólipos que se degeneram para o câncer. Na fase inicial, o paciente é assintomático e tem o diagnóstico em consultas de rotina. Porém, na maioria dos casos, o indivíduo que procura o médico já apresenta sintomas como: sangramento nas fezes, dores no abdômen e alteração do hábito intestinal.
Feres alerta que a queixa da anemia em pacientes com mais de 50 anos pode representar um tumor do lado direito do intestino, que não apresenta os sintomas como o sangue nas fezes, por exemplo. Por isso, é importante que nesses casos os pacientes sejam submetidos a colonoscopia, que é o exame que define o diagnóstico.
A formação do câncer de intestino envolve fatores genéticos e ambientais, como má alimentação e sedentarismo. “O tumor do intestino, quando diagnosticado na fase inicial, alcança índices de cura entre 90% e 95%”, afirma Feres. O tratamento principal é feito pela ressecção cirúrgica e a quimioterapia só é necessária em casos mais avançados do tumor. Quando o câncer está localizado no reto, parte final do intestino, pode ser feita a radioterapia antes da cirurgia.
“O exame de colonoscopia mudou a história do câncer do intestino, pois dá a chance do profissional atuar antes de virar tumor”, conclui.
O programa Saúde sem Complicações é produzido e apresentado pela locutora Mel Vieira, com trabalhos técnicos de Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana e direção de Rosemeire Talamone.
Por Maria Julia Petroni - JORNAL DA USP
Edição local: Willen Benigno de Oliveira Moura
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