A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Câmara Municipal de Natal realizou sua primeira reunião do ano na tarde desta segunda-feira (25). Na pauta, a definição do calendário de atividades da comissão permanente, que se reunirá sempre às segundas, às 14h, dentro de um sistema de alternância entre encontros no plenário da Casa e visitas fiscalizatórias. De acordo com o presidente do colegiado, vereador Fernando Lucena (PT), a intenção é manter o ritmo dinâmico dos trabalhos, com audiências públicas, convocações dos gestores públicos e inspeções nos hospitais e postos de saúde da capital potiguar.
"Precisamos mostrar para a população que estamos fiscalizando, acompanhando as ações da prefeitura na saúde, previdência e assistência social. A conjuntura é complicada, são muitas carências, sendo esse um espaço para a sociedade exigir ações do poder público", observou Lucena. "Temos a tradição de encerrar o ano sempre com a pauta zerada, com todos os projetos debatidos, apreciados e encaminhados", lembrou.
Durante a reunião, o vereador Klaus Araújo (SD) denunciou as dificuldades no atendimento das cooperativas médicas. "As notícias que chegam é que tem gestor de unidade de saúde incentivando os médicos a não efetuarem os serviços por não estarem recebendo em dia. Sabemos que a administração municipal deve dois ou três repasses para os profissionais cooperados, mesmo assim essa conduta é totalmente antiética, além de gerar um clima de insegurança entre os pacientes. Acho necessária a apuração dos fatos para podermos tomar alguma atitude".
Na sequência, a situação dos contratos do Hospital Walfredo Gurgel e do Hospital Municipal Dr. Newton Azevedo foi questionada pelo vereador Cícero Martins (PSL), vice-presidente da Comissão. "Por exemplo, o Hospital Municipal de Natal ainda não fez sequer uma cirurgia desde que foi inaugurado no distante ano de 2015. Então, o contrato diz o quê? Enquanto isso, no Walfredo Gurgel falta até glutaraldeído, um agente usado em desinfetantes e esterilizantes ambulatoriais e hospitalares. Diante desse cenário, acredito que devemos procurar os contratos (de medicamentos, de insumos, de terceirizados) para identificar as falhas que impedem a chegada dos recursos", propôs.
Já o vereador Preto Aquino (Patriota) chamou a atenção para a problemática do saneamento básico na cidade. Segundo ele, o fato do esgotamento sanitário não chegar a 100% de cobertura no município é o responsável direto pela proliferação de doenças. "Saneamento é o conjunto de medidas que visa preservar ou modificar as condições do meio ambiente, com a finalidade de prevenir enfermidades e promover a saúde, além de melhorar a qualidade de vida e a produtividade das pessoas", explicou o parlamentar.
Também estiveram presentes na reunião os vereadores Franklin Capistrano (PSB) e Fúlvio (SD) e a vereadora Carla Dickson (PROS).
Por: Junior Martins