Legalização de cassinos pode se tornar uma realidade?






No final do ano passado, em uma de suas últimas ações como presidente do Brasil, Michel Temer assinou a medida provisória para a legalização e regulamentação das apostas esportivas no país. Com a mudança do chefe do Governo, existe uma certa expectativa para saber quais serão os próximos passos, se ambientes como cassinos por exemplo, podem voltar a funcionar como nos anos 40.

Atualmente, qualquer pessoa pode acessar sites de cassinos confiáveis da internet para realizar suas apostas. Nesses ambientes, além de jogos de carta e máquinas caça-níqueis, o usuário pode jogar em apostas esportivas, as mesmas que Michel Temer assinou em prol da regulamentação. Isso significa que em breve, sites que operam no Brasil terão que repassar impostos e obedecer regras de segurança que a Justiça estabelecer. Isso é um ponto bastante positivo, e sinal de que o Governo está bem informado sobre o quanto esse mercado é lucrativo, tanto para quem oferece o serviço quanto para quem aproveita.

Pensando nessa mudança, os prefeitos e governadores do Brasil começaram a enxergar uma boa oportunidade de crescimento econômico. É o caso de Marcelo Crivella, prefeito do Rio de Janeiro, que já declarou desejo de que o presidente Jair Bolsonaro ajude a aprovar uma superlicença para que um cassino volte a operar no Rio de Janeiro. A motivação é simples: a visita do Sheldon Adelson, presidente da empresa Las Vegas Sands e de uma rede de cassinos de muito sucesso em Cingapura, que pensa em investir US$ 10 bilhões para construir um cassino, e como contrapartida, gerar 50 mil empregos.

Ao liberar os cassinos no Brasil, proibidos desde 1946, muitas cidades poderiam aproveitar para oferecer um atrativo extra para os turistas e aplicar os lucros provenientes de impostos em saúde e educação, e claro, na melhoria de pontos turísticos que sofrem com más condições de serviços públicos. Apesar de anualmente apresentar crescimento na visitação de estrangeiros, o potencial turístico brasileiro é muito alto, mas ainda não é totalmente aproveitado. A falta de investimento é um fator importante para isso.

Porém, um empecilho tanto para Marcelo Crivella quanto para Jair Bolsonaro é suas respectivas crenças religiosas. Afinal, ambos são de igrejas que não permitem a jogatina. Crivella afirma que mais preocupante que o vício é a miséria, e que só joga quem quiser. De fato, a ideia da construção de um cassino é que ele abrigue também um hotel e espaço para eventos, transformando-se em mais uma atividade turística, como já acontece no Uruguai e em Las Vegas, esta última um dos 10 destinos mais visitados pelos brasileiros.

Por enquanto, ainda não é possível prever quais serão os próximos passos deste novo governo. De fato, existem inúmeras comprovações de que um cassino físico, nos moldes daqueles que antigamente recebiam visitas de celebridades internacionais, seria um atrativo sem comparação. Milhares de brasileiros todos os anos viajam e experimentam o cassino em outro país, sem contar aqueles que já descobriram as vantagens de jogar em sites de apostas confiáveis sem precisar sair de casa. Isso significa que, além dos estrangeiros, há também mercado interno consumidor.

Por outro lado, questões religiosas e de saúde pública por conta do vício de alguns usuários pode vir à tona, o que certamente prejudicaria a campanha em prol da volta dos cassinos. Talvez a solução será aguardar a regulamentação das apostas esportivas para continuar essa discussão. E você? O que acha sobre o tema? Acredita que um cassino seria um diferencial no Rio de Janeiro e em outras cidades do Brasil? Quem gosta de jogos de cassino já pode começar a torcer pela volta desses lugares encantadores no país.