Os servidores do Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep) iniciaram nesta quarta-feira, 26, paralisação de advertência em razão da falta de pagamento do 13º salário de 2017 e de 2018. A categoria ainda definirá ao longo do dia se vai deflagrar a greve por tempo indeterminado.
A suspensão das atividades foi iniciada às 7h da manhã. Foram interrompidos todos os serviços internos de perícia do instituto, como a análise de balística e a confecção de documentos de identificação. Os servidores mantiveram todos os trabalhos de externos de recolhimento de corpos, necropsia e de perícia no local de crime.
A insatisfação dos técnicos do Itep se acentuou após o anúncio de que o Governo irá pagar o décimo terceiro salário de 2017 aos policiais militares e bombeiros da ativa, reserva e pensionistas no dia 28 de dezembro. “Nós tivemos uma assembleia geral na última sexta-feira, 21, e deliberamos uma paralisação de advertência A indignação maior é que o Governo deu um tratamento diferenciado aos servidores da Polícia Militar”, avalia Fabrício Fernandes, presidente do Sindicato Estadual dos Servidores do Itep (Sinditep).
Durante toda a manhã, técnicos e peritos do Itep realizaram protestos em frente à sede da entidade, no bairro da Ribeira, na zona Leste de Natal. Os servidores estavam vestidos com camisas pretas e um carro de som foi utilizado para que os manifestantes se expressassem, com palavras de ordem, contra o governador Robinson Faria.
“Se depender da categoria, nós vamos parar por completo. Estamos segurando, em respeito à população, mas a situação é insustentável”, reforça Fabrício Fernandes.
Segundo a secretária estadual de Segurança, Sheila Freitas, que encerra a gestão à frente do cargo no próximo dia 31, a paralisação dos servidores do Itep é justa, mas que não está em condições de prover o atendimento dos pleitos dos trabalhadores do órgão da administração indireta.
“A questão do pagamento dos servidores não é com a Secretaria de Segurança, mas com o Planejamento. Isso não compete a mim. As paralisações são justas. As organizações das escalas de trabalho são feitas pelas direções da Polícia Civil e do Itep”, diz Sheila Freitas.
Agora RN