Ao retornar do Fórum dos governadores eleitos e reeleitos, realizado em Brasília, onde o tema central foi o debate em torno da segurança pública nos estados com o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, a governadora eleita Fátima Bezerra foi enfática: “Não basta ter um bom plano para reduzir os índices de violência e criminalidade, é preciso dinheiro para financiá-lo”.
Fátima, que recebeu nesta quinta-feira, 13, a Medalha do Mérito Social da Assembleia Legislativa, comentou que a prioridade do futuro governo federal neste momento será “descontingenciar” e “desburocratizar” os recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário Nacional.
Durante o evento com chefes do Executivo, ela lembrou a grave situação pela qual passa o Rio Grande do Norte na área da segurança pública. Tudo isso sob os olhares do futuro ministro Sérgio Moro; do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, e do presidente do Superior Tribunal de Justiça, Otávio Noronha.
Fátima quis saber se o novo governo Bolsonaro pretende aproveitar as definições já em curso com relação ao Plano Decenal de Segurança Pública produzido pelo atual Conselho Nacional de Segurança. “Estamos querendo entender o que o futuro governo federal está pensando para implementar o plano porque disso dependem as ações que apoiarão os estados na elaboração de seus planos estaduais”, resumiu.
Para a futura chefe do Executivo estadual, é fundamental que os governadores tenham ciência desses planos para implementar suas próprias políticas de segurança pública num ambiente de severa crise financeira.
Dizendo que anda “dormindo menos de quatro horas por dia”, mas bastante animada em conversas com outras autoridades, Fátima Bezerra disse que a segurança pública depende de recursos para melhorar sua logística de operações e a sua inteligência.
“Em Brasília, disse ao futuro ministro Moro que apoio do governo Federal passa necessariamente também pela valorização dos policiais, investimentos em inteligência e o que está sendo feito para implementar o Sistema Único de Segurança Pública”, lembrou.
Por Marcelo Hollanda