Maior epidemia de febre hemorrágica do mundo completará cinco anos com novos surtos, dessa vez na República Democrática do Congo
Ebola – Foto: Missão/ONU VisualHunt.com / CC BY-NC-SA
Em dezembro de 2013, na Guiné-Conacri, eclodiu a epidemia do ebola, que se alastrou pela Libéria e Serra Leoa, concentrando 99% dos casos, além de atingir a Nigéria e o Mali. Sendo a maior epidemia de febre hemorrágica do mundo, em dois anos do surto, o vírus da doença chegou à Espanha e aos Estados Unidos e atingiu 28.637 pessoas, sendo que, dessas, 11.315 morreram. Em 2018, novos casos surgiram, dessa vez detectado nas províncias do leste da República Democrática do Congo, com 239 casos confirmados, que resultaram em 139 mortes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Dos infectados pela doença, tosse com sangue, vermelhidão nos olhos, dor de cabeça, confusão mental e manchas vermelhas na pele são sintomas possíveis. Alguns pacientes podem ainda apresentar erupções cutâneas, soluços e dificuldade para respirar e engolir.
As infecções por ebola só podem ser diagnosticadas definitivamente em laboratório, após a realização de cinco diferentes testes que são de grande risco biológico e devem ser conduzidos com cuidado, isso porque o alto número de transmissões de humano para humano ocorreu devido à falta de vestimentas de proteção.
Para o professor Expedito Luna, epidemiologista do Instituto de Medicina Tropical da USP, se não fosse a epidemia de 2014, o número de casos na história seria irrisório, portanto, torna-se inviável vacinar toda a população do mundo.
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JORNAL DA USP
Por Jonas Santana