A indicação do juiz Sérgio Moro pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para ocupar o Ministério da Justiça a partir de 2019 recebeu críticas da governadora eleita do Rio Grande do Norte, a senadora Fátima Bezerra (PT). Para a petista, a escolha pelo magistrado comprova a “partidarização da Lava Jato”. Fátima enfatizou, entretanto, que considera a “operação importante” para o país.
As críticas da senadora foram feitas na manhã desta segunda-feira, 05, em entrevista ao vivo na 96 FM. Fátima reafirmou que o PT sofreu um forte “processo de criminalização”. “Essa alçada de Moro a ministro escancara o que o PT vem denunciando ao mundo, que é a perseguição ao presidente Lula, fruto de uma condenação injusta”, disse.
Fátima disse que espera do futuro presidente Bolsonaro uma “postura de respeito e republicana”. A petista afirmou que vai “defender de maneira incansável os interesses do RN”. Para isso, a governadora eleita espera contar com a parceria da bancada federal, onde já tem apoio declarado de dois senadores (Zenaide Maia e Jean-Paul Prates) e quatro deputados federais (Fernando Mineiro, Natália Bonavides, Benes Leocádio e Rafael Motta).
Além disso, a senadora destaca que os governadores do Nordeste, única região do país onde Bolsonaro perdeu em todos os Estados a disputa para Fernando Haddad, vão se reunir para tratar temas em comum com o novo presidente. Fátima disse que considera três temas como “fundamentais”: segurança, saúde e educação.
“Vamos exigir que o Sistema Único de Segurança Pública saia do papel. Não se pode contingenciar recursos destinados a Estados e municípios na área da segurança. Temos que exigir que governo federal atue fortemente em parceria com os estados no enfrentamento ao crime organizado. Não adianta achar que estado sozinho tem condições de fazer isso. É necessário a presença do governo federal”, disse a governadora eleita.
Agora RN