Puxados pelos cigarros e artigos como óculos escuros, entre inúmeros outros itens, a entrada de mercadorias “piratas” no RN cresceu 18% entre 2015 a 2017, saindo de 52% para 70%.
Em matéria de evasão fiscal, nos últimos três anos, esse mercado ilegal de cigarros, que era de R$ 76 milhões no estado, saltou para R$ 109 milhões, um aumento de 43%, segundo levantamento do Ibope.
“Queremos chamar a atenção das autoridades locais para a importância desse contrabando, que drena bilhões dos cofres públicos todos os anos”, afirma Edson Vismona, presidente do Etco, uma Organização Social de Interesse Público (Oscip), criada em 2003 para combater o contrabando e a evasão fiscal no País .
Em todo o território nacional, segundo explicou, os cigarros produzidos no Paraguai lideram a lista dos 10 produtos mais contrabandeados para o Brasil, com 67,44%, seguidos bem atrás pelos eletrônicos, com 15,42% e produtos de informática com 5,04%.
A lista traz ainda, pela ordem, artigos de vestuário, perfumes, relógios, brinquedos, óculos, medicamentos e bebidas.
“O principal motivador para o avanço do contrabando é obviamente as vantagem econômica, causada principalmente pela disparidade tributária em relação ao Paraguai, principal fornecedor das mercadorias contrabandeadas para o Brasil, acrescenta Vismona.
Os resultados apurados pelo Ibope no Nordeste são semelhantes aos apurados nacionalmente. Em 2018, o mercado de cigarros contrabandeados na região atingiu 59% do total contrabandeado para o País. Um crescimento de 15% nos últimos três anos.
Segundo o levantamento, as marcas contrabandeadas mais populares no Nordeste foram Gift, com 19% de market share, seguida da Eigth, com 10%.
Market Share é o grau de participação de uma empresa no mercado em termos das vendas de um determinado produto ou a fração do mercado controlada por ela.
Ainda de acordo com Edson Vismona, outro efeito negativo do crescimento do consumo de cigarros contrabandeados é que, este ano, o Brasil irá deixar de arrecadas até o fiscal+ do exercício fiscal R$ 11,5 bilhões em impostos.
Agora RN