Galé: Mais um Resort estrangeiro, menos um investimento potiguar


Imagem: Elias Jornalista (mostrando as placas com as unidades do Vila Galé 


O Vila Galé trouxe para o Rio Grande do Norte mais uma de suas unidades inaugurada recentemente no município de Touros. É considerado o segundo maior grupo hoteleiro português, de acordo com o Jornal Econômico e conta com 31 unidades, sendo sua maioria em Portugal e apenas 8 no Brasil.

O Marco de Touros - A conquista portuguesa

O provável motivo do Vila Galé escolher Touros seria a disponibilidade de uma área à beira mar econômica para a construção, a posição estratégica que ficaria, teoricamente, mais próxima do "novo" aeroporto de Natal, bem como estar localizada em uma área considerada a "Esquina do Brasil" onde historicamente os portugueses conquistaram, depositando ali uma pedra conhecida como "Marco de Touros" para mostrar que aquela terra seria de domínio português. 

De fato são quase 90km do aeroporto até o empreendimento, porém, mesmo com a distância o acesso foi todo melhorado para facilitar a chegada ao Resort. 

A raiz do Problema - Ingerência do estado

O investimento do grupo português no estado não é o problema, afinal o mercado vive de intercâmbio, porém, os lucros poderão ser levados para "fora" e provavelmente alguma parte da mão de obra não é potiguar, onde conta com profissionais de apoio e assessorias de diversas partes do país a exemplo do que aconteceu com o Teatro Riachuelo no início. Alguns desses profissionais teriam que se familiarizar com a realidade do estado, dos costumes e isso é um ponto negativo, porém, mais negativo ainda é a falta de investimentos do atual governo em novos empreendimentos potiguares. Falta de incentivo e, com essa falta, ganha empreendedores estrangeiros. 


Para o empreendimento Vila Galé o Governador Robinson Faria deu total apoio como mencionou no lançamento da pedra inaugural do Resort em 2017 e confirmado na fala do presidente do grupo Jorge Rebelo de Almeida .

Empreendimentos como o Vila Galé são bem vindos ao estado, porém, o governo tem que está atento para não liberar uma grande fatia do mercado para estrangeiros e deixar aquém os potiguares. Há muitas empresas com potencial no Rio Grande do Norte que precisam ser incentivadas. 

A in-Segurança e nada mais (Memória)

Sem sair do tema é necessário entender como Robinson teve, na sua campanha para o governo, o lema e propostas voltadas para a segurança inclusive se autointitulando o "Governador da Segurança", lema e promessas essas que não foram cumpridas nem em seu foco de trabalho como se pode conferir o destaque negativo diversas reportagens policiais deste periódico mostrando homicídios, assaltos e o aumento exorbitante da criminalidade em nosso RN. 

Desaprovação

Chegando à reta final do seu mandato Faria já conta com uma desaprovação de 79% em relação ao seu governo, de acordo com uma pesquisa Certus/FIERN divulgada agora a pouco pelo Notícias do RN e jornalistas.

Podemos inferir que essa grande desaprovação do Governo Robinson está intimamente ligada à falta de gerência em diversas áreas entre elas da própria segurança, política e maior de todas, econômica. Se a economia anda mal as diversas outras áreas "caem no mesmo buraco" (Grifo nosso). 

O Funcionalismo público, por exemplo, vem sofrendo há meses com atrasos e compromissos não cumpridos por parte do Governador. 

Ganha Perde no mercado Potiguar 

Todo esse imbróglio de ingerência fez com que faltassem investimentos e oportunidades para os potiguares e, aliado à desvalorização da moeda, abriu espaço para que estrangeiros tomassem, cada vez mais, nossos espaços onde, vivemos atualmente um perde ganha infinito em que apenas teremos que nos contentar com os empregos e sermos cada vez mais amparados por desconhecidos em nosso estado ao invés de enxergar o potencial que há nos empreendimentos potiguares.

"Independência ou ....."

Redação | Diário Potiguar