Anticorpos monoclonais são novidade para tratamento da dor

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Imagem: Alternative Doctor
FMUSP promove o “Congresso Interdisciplinar de Dor” com foco na eficiência do atendimento ao paciente

Do dia 4 a 7 de julho, o Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) realiza o VIII Congresso Interdisciplinar de Dor, maior evento acadêmico do setor no País. Com o foco na eficiência do atendimento aos pacientes, o congresso nasceu com o objetivo de divulgar avanços no campo do conhecimento da dor em diferentes condições.

O evento lançará para uso comercial os anticorpos monoclonais, que se dirigem a neurotransmissores e receptores relacionados à dor, como, por exemplo, a dor de cabeça. O momento histórico no Brasil apresentará o uso desse conceito para tratar não a consequência, mas a causa da dor. Além disso, também trará como tema os canabinoides, que chegam ao mercado brasileiro.

O professor Manoel Jacobsen Teixeira, da FMUSP, comenta a respeito do panorama interdisciplinar do evento na abordagem do tratamento de dores agudas e crônicas em diversos âmbitos, e os avanços no desenvolvimento de estudos e pesquisas. Segundo ele, com o passar dos anos, foram se somando ao grupo profissionais ligados a diferentes áreas, como saúde mental, reumatologia, doenças inflamatórias, dentistas, psicólogos, reabilitadores, profissionais da enfermagem e da medicina veterinária.

De acordo com Teixeira, além dos estudos, o preparo dos profissionais que lidam com os pacientes também foi desenvolvido através de reuniões e congressos, que fez com que todas as áreas se agregassem, criando a Liga Contra a Dor. Os profissionais envolvidos possuem o vínculo comum de desenvolver, aplicar e divulgar a ideia, o que faz com que o grupo seja a liderança brasileira e internacional no contexto do tratamento de dores.

A abordagem do grupo para esse tratamento passa por caminhos farmacológicos e não-farmacológicos, como o uso dos analgésicos, antinflamatórios e opioides para as dores agudas; contudo, para tratar as dores crônicas, esses métodos podem não ser suficientes. Houve, então, uma melhora da qualidade das moléculas desses medicamentos, mas também o desenvolvimento de novos mecanismos de liberação: via tópica, transdérmica, oral, inalatória, intranasal, sublingual e vias parenterais.

Para as dores crônicas, existe também a possibilidade da utilização de medicamentos adjuvantes, que, a princípio, possuem outras finalidades, mas podem ser eficientes para o tratamento. Além disso, existem os meios físicos e a reabilitação.

JORNAL DA USP