A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou hoje (17) o primeiro caso urbano de ebola na República Democrática do Congo. O paciente foi identificado em Wangata, uma das três zonas de saúde de Bandaka, cidade de quase 1,2 milhão de habitantes. Até a última terça-feira (15), um total de 44 casos da doença foram reportados no país, sendo três confirmados, 20 prováveis e 21 suspeitos.
“O Ministério da Saúde da República Democrática do Congo anunciou a descoberta, depois que testes laboratoriais conduzidos pelo Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica confirmaram uma amostra como positiva para ebola”, informou a entidade.
“A OMS e nossos parceiros estão tomando ações decisivas para interromper a propagação do vírus”, declarou o diretor-presidente da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus (Luis Fonseca/Agência Lusa/Direitos Reservados)
Até então, todos os casos confirmados de ebola no país haviam sido reportados pela região de Bikoro, que fica na mesma província, mas a uma distância de cerca de 150 quilômetros de Bandaka. As unidades de Saúde de Bikoro, segundo a OMS, têm funcionalidade bastante limitada e as áreas atingidas pelo surto são difíceis de serem acessadas – sobretudo em meio à atual estação de chuvas na região, que provoca o alagamento de estradas.
“Este é um acontecimento importante, mas temos agora melhores ferramentas do que antes para combater o ebola”, declarou o diretor-presidente da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “A OMS e nossos parceiros estão tomando ações decisivas para interromper a propagação do vírus”, completou.
A entidade informou ainda que vai enviar à Bandaka uma equipe de 30 especialistas para conduzir a vigilância da cidade e que trabalha junto ao Ministério da Saúde local e parceiros para envolver a comunidade em ações de prevenção e tratamento e também para reportar novos casos de ebola.
“A chegada do ebola a uma área urbana é muito preocupante e a OMS e seus parceiros estão trabalhando juntos para rapidamente ampliar a busca por contatos próximos a casos confirmados na área de Bandaka”, destacou o diretor regional da entidade para África, Matshidiso Moeti.
Paula Laboissière - Agência Brasil
Edição: Valéria Aguiar