Ex-presidente do clube alvinegro deixou documento no qual contesta a saída de Neymar do Santos para o Barcelona e comenta final do Mundial de Clubes.
Ricardo Saibun/Divulgação Santos
Neymar pai, Luis Álvaro de Oliveira e Neymar
A chegada de Neymar ao Barcelona deu o que falar no futebol mundial. A saída conturbada do Santos e o desentendimento com o clube brasileiro repercute até os dias de hoje. Tanto que, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo , antes de morrer, o ex-presidente alvinegro, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, deixou uma carta contra o pai do jogador.
Luis Ribeiro presidiu o Santos entre dezembro de 2009 e maio de 2014, época na qual Neymarainda estava no clube. Aos 73 anos de idade, faleceu em 16 de agosto de 2016 por conta de um tumor no reto. De acordo com a publicação do periódico, em março daquele ano, escreveu uma carta, que foi protocolada no cartório em 19 de junho.
No documento, escrito tanto em português, quanto em espanhol, o ex-dirigente defende o fato de nunca ter aprovado a negociação do jogador com o Barcelona. "O Santos e eu pessoalmente jamais recebemos qualquer informação ou qualquer documento sobre o fato de que antes da final no Japão o senhor Neymar, pai do atleta, já havia se comprometido com o Barcelona e recebido pagamentos", afirma Ribeiro sobre a atuação do atleta durante a final do Mundial de Clubes de 2011.
"O Santos disputou aquela final com um jogador que havia recebido dinheiro do adversário. Isso influenciou o desempenho de Neymar Júnior daí para frente no Santos. Não era o mesmo jogador brincalhão, que ia para cima dos adversários. Ele parecia estar contando os minutos para sair. Isso já foi dito por mim à imprensa e, infelizmente, é um fato", disse o ex-presidente na carta.
Transação polêmica
Reprodução
Neymar foi apresentado ao Barcelona em 2013
Hoje o jogador mais caro do futebol mundial, Neymar deixou o Brasil para jogar no Barcelona por 57,1 milhões de euros. Pelo menos, foi este o valor declarado pelo então presidente do clube catalão, Sandro Rosell. No entanto, a contratação, de fato, aconteceu por 86,2 milhões de euros. Do valor total, 17,1 milhões de euros foram divididos entre Santos, DIS e o fundo de investimentos Teisa, que possuiam os direitos federativos do jogador. O caso ganhou repercussão e foi parar na Justiça , que condenou o Barcelona a pagar 2 milhões de euros ao Santos como idenização. Já o ex-presidente do clube catalão está preso, acusado de lavagem de dinheiro.
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