Imagem: TV Foco | Rede Globo | Jornal Nacional |
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Nada demais. Geralmente, os apresentadores comentam a última notícia do jornal ou alguma coisa que tenha chamado a atenção durante a edição do programa. Foi o que garantiram dois craques do telejornalismo que a gente entrevistou: Marcelo Rezende, âncora do Rede TV News, e Heródoto Barbeiro, que comanda o Jornal da Cultura. “Enquanto rolam os créditos, eu converso com os câmeras ou com o rapaz que controla a luz. Alguns jornalistas ficam arrumando as folhas com as notícias, mas eu prefiro falar em vez de ficar duro que nem estátua”, afirma Marcelo. Para Heródoto, o bate-bapo final tem uma outra função. “Eu converso com a equipe do estúdio e a gente faz uma rápida avaliação do jornal.”
As redes de TV não proíbem nenhum assunto nessas conversas de fim de programa, mas os âncoras ficam espertos: como a transmissão ainda não saiu do ar, pode rolar um erro técnico e o som ir por acidente para a casa de milhões de telespectadores. “Quando eu trabalhava numa outra emissora, vazou um áudio em que eu reclamava de uma reportagem que não tinha ficado legal”, diz Marcelo.
Há ainda uma outra curiosidade sobre os bastidores do telejornal: é verdade que os apresentadores que vestem paletó e gravata da cintura para cima realmente ficam só de bermuda debaixo da bancada? Marcelo e Heródoto garantem que esse lance não acontece mais – mas já aconteceu. O astro dessa lendária história foi o não menos lendário Cid Moreira, apresentador do Jornal Nacional por 27 anos. “Isso foi uma vez. Eu estava em Petrópolis, era Carnaval e eu desci a serra de bermuda. Mas choveu e acabei chegando atrasado ao Rio. Não deu tempo de ir até minha casa pôr calça. Fui assim mesmo”, afirmou ele numa entrevista à revista Contigo, em setembro de 2004.
Revista Mundo Estranho | Por Rodrigo Ratier | Adaptação: Diário Potiguar