No Estado do Rio Grande do Norte, o servidor passa por rigoroso procedimento antes de solicitar o empréstimo
Procedimentos de segurança de dados estão entre as prioridades de instituições financeiras e empresas de processamento de informações. Fraudes em sistemas do tipo chegaram ao Ministério da Fazenda, que teve documentos de servidores clonados. Os criminosos trocaram senhas de acesso das vítimas e pediram empréstimos consignados de até R$ 300 mil.
No Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siapenet), do Ministério da Fazenda, para trocar a senha, o servidor – ou uma pessoa que se passa por ele – precisa apenas apresentar documentos e dizer que quer mudar o código de acesso.
Já no caso dos servidores do Estado do Rio Grande do Norte interessados em empréstimo consignado, os procedimentos de segurança de informações estão entre os mais rigorosos e começam quando o trabalhador procura a Central de Atendimento. Para isso, o servidor deve apresentar documento de identificação com foto – RG, CNH dentro do prazo de validade ou Carteira de Trabalho do novo modelo. Além disso, é requisitado comprovante de endereço no nome do servidor, seu cônjuge, pai ou mãe; último contracheque; e CPF.
Ao cadastrar a senha, o servidor usa um teclado digital. Com a combinação de cinco números, ele pode solicitar empréstimos em bancos. Ele também pode fazer uma senha de seis dígitos para o Portal de Consignação, ambiente em que ele tem acesso a informações exclusivas sobre consignação. No site também é possível verificar parcelas pagas e pendentes e fazer simulações de empréstimos. As informações disponíveis no portal também podem ser encontradas em um aplicativo para smartphone.
Superintendente operacional, Juliana Skaleno explica que o servidor é orientado pelo atendente quanto a importância de manter o sigilo de sua senha, que é pessoal e intransferível. "O trabalhador ainda assina um termo afirmando que esteve na central de atendimento. A assinatura, que é digital, também fica no sistema. Quando ele vai até o banco para solicitar o empréstimo consignado, a instituição compara a foto que foi tirada na central e também a assinatura", afirma Juliana.
A superintendente explica que o procedimento é complexo exatamente com o objetivo de prevenir fraudes. "Buscamos proporcionar ao servidor facilidades sem abrir mão da segurança", explica Juliana.