O potiguar Willen Moura*, atualmente estudante
de Medicina no exterior, aproveitou o seu intercâmbio para realizar, juntamente
com um grupo de estudantes, na disciplina de Psicologia Médica, um trabalho
voltado àqueles que passaram pelo luto por terem perdido pessoas importantes. Ele,
que também é Psicólogo e Jornalista falou ao Diário Potiguar – Especial Semana da Psicologia sobre os motivos de
ter escolhido o referido tema: “Eu queria
saber a percepção das pessoas sobre o tema Luto, principalmente dos meus
colegas. Afinal escutava muitos casos onde eles relatavam que haviam perdido
alguém e na minha família conheço exemplos de pessoas que perderam entes
queridos e que causou bastante sofrimento e isso me chamou a atenção”. Segundo
o psicólogo, há muitas interpretações e questões que socioculturais que podem
influenciar nessa percepção e seria essa a principal curiosidade de saber se
todos realmente e subjetivamente associam o luto à morte somente ou a perda de
uma forma geral não só de pessoas, mas de coisas, de momentos ou “ritos de
passagem”.
Para o trabalho de
investigação ele nos relata que utilizou uma pesquisa psicológica qualitativa,
de abordagem psicanalítica. Em sua estrutura os termos de procedimento são de
coleta, registro e tratamento das respostas dos participantes. Ele, juntamente com
os demais autores** realizaram o trabalho com estudantes do 2º ano Medicina. O material
foi obtido por meio da realização de entrevista de coleta (Duschene; Haegel,
2005; Ávila; Tachibana; Aiello-Vaisberg, 2008), com uso de um mediador
dialógico, conhecido como procedimento Desenho-História com o tema
(Aiello-Vaisberg, 1999). No procedimento faz-se uma entrevista, que se pauta pelo
estabelecimento de um diálogo simbólico ou transicional, caracterizado por modo
indireto de comunicação emocional e se pede um termo consensual de autorização para
realização de um desenho e uma história livre sobre o tema.
Resultados:
A partir do conjunto com desenhos-história, foi feita uma interpretação baseada em todos os resultados onde foi observada a associação natural primeiramente entre morte / Luto. 100% falaram de luto como um processo que passa uma pessoa depois da morte de um ente querido. Embora os resultados subjetivos mostrem a já esperada dual relação morte/luto vários associaram a temas como religião, arte, espiritualidade e a uma questão natural e outros destacando que se tratava de uma questão cultural, citando, inclusive que em alguns países o Luto é tratado de uma forma diferente, onde pessoas fazem festa após a morte de um ente querido como um ritual de passagem. Um dos participantes do estudo citou a história de Frida Kahlo. O mais importante, segundo os autores, é que o objetivo principal do trabalho foi alcançado. O objetivo de entender a percepção sobre o Luto destes estudantes.
A partir do conjunto com desenhos-história, foi feita uma interpretação baseada em todos os resultados onde foi observada a associação natural primeiramente entre morte / Luto. 100% falaram de luto como um processo que passa uma pessoa depois da morte de um ente querido. Embora os resultados subjetivos mostrem a já esperada dual relação morte/luto vários associaram a temas como religião, arte, espiritualidade e a uma questão natural e outros destacando que se tratava de uma questão cultural, citando, inclusive que em alguns países o Luto é tratado de uma forma diferente, onde pessoas fazem festa após a morte de um ente querido como um ritual de passagem. Um dos participantes do estudo citou a história de Frida Kahlo. O mais importante, segundo os autores, é que o objetivo principal do trabalho foi alcançado. O objetivo de entender a percepção sobre o Luto destes estudantes.
“Observamos
que cada um dos participantes descreveu a LUTO de uma forma única, cada um
enfrenta e encara de forma singular suas situações. É importante para os
estudantes de Medicina conhecerem esses processos e subjetividades acerca do
luto, pois enfrentarão várias situações em sua prática clínica que terão de estar
preparados na hora de falar aos parentes sobre a morte de um paciente e
aprenderão, com os resultados obtidos, a terem mais empatia, colocando-se no lugar
do outro. A percepção do luto que vivenciamos e observamos de cada um nós levaremos
sempre para nossa vida profissional e pessoal”, complementou Willen Moura.
*Willen Benigno de O. Moura é
Psicólogo Clínico (CRP/RN 17/1839), estudante de Medicina e Jornalista
registrado(DRT/RN-1620), tendo contribuido em varios artigos sobre cotidiano, Saúde,
Psicologia e Turismo. Trabalhou em projetos do Governo do Estado voltados à
qualidade de Vida, Escola de Pais, Trainer e palestrante sobre stakeholders, foi
estagiário do Hospital Infantil Varela
Santiago, Autor do Projeto Humaniza Mundo - dentre outras colaborações na área
da saúde.
** Autores: Camila Moura, Cíntia Mascarenhas do Amaral, João Pedro de Oliveira, Katherin Godoy, Willen Moura
** Autores: Camila Moura, Cíntia Mascarenhas do Amaral, João Pedro de Oliveira, Katherin Godoy, Willen Moura