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O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 3,7% em abril deste ano, alcançando 76,5 pontos, o maior nível desde maio de 2014, quando chegou a 79,3 pontos. Os dados foram divulgados hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Com o resultado de abril, o indicador de médias móveis trimestrais (a comparação entre os três meses encerrados em abril com os três encerrados em fevereiro) acusou alta de 1,5%, a sexta consecutiva, sinalizando, na avaliação da FGV, “uma acomodação no ritmo de queda do pessoal ocupado na economia brasileira ao longo dos próximos meses.”
A alta de abril foi influenciada pelo quesito da Sondagem da Indústria, que mede o grau de otimismo em relação à evolução da situação dos negócios nos próximos seis meses, e que chegou a variar 10,8%.
Apesar do resultado ruim em abril, o economista da FGV Fernando de Holanda Barbosa Filho vê movimentos que indicam melhora na margem. “Embora o Indicador Antecedente de Emprego permaneça abaixo da média histórica e o Indicador Coincidente de Desemprego, acima. Ou seja, o mercado de trabalho encontra-se em uma situação ruim.”
Desaceleração
Para o economista, a boa notícia é que os movimentos recentes mostram uma melhora na margem. “Esses movimentos evidenciam que, embora o mercado de trabalho deva continuar se deteriorando nos próximos meses, o ritmo da piora está desacelerando”, afirma.
Os dados de abril sobre O Indicador Antecedente de Desemprego indicam, também, que o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) apresentou queda em abril, ao variar -1,9%, atingindo 95,6 pontos. É o quarto recuo consecutivo do indicador, que alcançou o menor nível desde setembro de 2015 (92,6 pontos). “A tendência do ICD sinaliza um arrefecimento da evolução negativa da taxa de desemprego”, analisa a FGV.
Ainda em relação ao ICD, as classes que mais contribuíram para a queda do indicador foram as dos consumidores com renda mensal entre R$ 4.800 e R$ 9.600, cujo indicador de percepção de facilidade de se conseguir emprego (invertido) variou -4,3%, Ao mesmo tempo, o ICD dos consumidores, com renda entre R$ 2,1mil e R$ 4,8 mil, variou -3,7%.
Nielmar de Oliveira - Agência Brasil
Edição: Kleber Sampaio