O projeto que pretende criar o Distrito Industrial de Baraúna (DIB) deve ter sua execução iniciada até meados do próximo ano. A implantação será realizada através de uma parceria entre a Prefeitura de Baraúna e a Fábrica de Cimento MIZU, instalada na localidade.
Para isso, a empresa cedeu 30 hectares de terra ao município. O projeto urbanístico está sendo elaborado e o Banco do Nordeste (BNB) já sinalizou interesse em financiar qualquer projeto no semi-árido, conforme informou o engenheiro civil e diretor da MIZU, José Antero dos Santos.
Ele explica que a iniciativa se deu porque a previsão é de que, quando a fábrica de cimento estiver em pleno funcionamento, cerca de 700 caminhões passem pela cidade por dia. Os trabalhadores envolvidos nessas ações terão necessidades de alimentação, abastecimento dos veículos e manutenção dos mesmos, o que estimula o surgimento de uma série de empreendimentos que devem se instalar no Distrito Industrial de Baraúna, o qual será composto por, em média, 50 empresas de diferentes segmentos.
Para Antero dos Santos, a instalação da fábrica na cidade dá início a uma nova etapa para o município. Isso porque o Rio Grande do Norte tem um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) e a região do semi-árido, onde a unidade está sediada, é uma das mais carentes.
Além disso, o diretor da MIZU lembra que Baraúna já tinha se desenvolvido com a atividade da fruticultura irrigada, mas sofreu um declínio quando parte dessas fábricas fecharam, diminuíram a produção ou se deslocaram para outros pontos. Essa fase coincide com a chegada da MIZU na área. "A gente imagina que Baraúna está entrando em um novo ciclo", afirma Antero dos Santos.