O sonho de disputar uma Olimpíada está cada vez mais perto de ser realizado por um potiguar. O "caminho dos pés e das mãos através da mente", que é o significado de Taekwondo, teve grande parte do percurso cumprido por Fábio Acioly, 24 anos, que conquistou o 2º lugar no campeonato brasileiro da modalidade e, com o resultado, está em 2º lugar no ranking nacional da modalidade. Na atual posição, ele poderá integrar a equipe brasileira.
Já experiente na modalidade apesar dos 24 anos, Fábio Acioly já conquistou dois campeonatos brasileiros na categoria adulto e teve o gosto de integrar durante um breve período a seleção brasileira, como reserva. Agora, já com mais maturidade, o sonho de chegar à equipe principal do Brasil está cada vez mais próximo de se realizar. "O ranking deste ano serve para a seleção do ano que vem, o que é uma pena porque eu não vou poder disputar o Panamericano, no México. Mas quero continuar bem no ranking para, no ano que vem, quem sabe, chegar à seleção e me credenciar para uma Olimpíada", projeta o atleta.
Fábio Acioly sofre com um dos problemas que atormenta grande parte dos atletas de esportes menos populares no país: a falta de patrocínios. Para disputar o brasileiro, que ocorreu em junho, em Florianópolis (SC), o lutador contou com o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado do Esporte e do Lazer (Seel). O titular da pasta, Joacy Bastos, recebeu o atleta na Seel e comemorou o resultado, mas ressaltou a necessidade de que a classe empresarial apoie esses atletas. "Ele é um orgulho para o nosso estado e, sempre que pudermos, vamos apoiá-lo. Não só ele, mas todos os atletas que representam bem o Rio Grande do Norte. Nós temos mostrado à classe empresarial a importância de se ligar o nome da empresa a campeões e acredito que teremos dias melhores para o esporte potiguar", acredita Joacy Bastos.
O vice-campeão brasileiro, que perdeu a final da competição por decisão dos juízes após dois empates, garantiu que vai continuar buscando apoio para seguir competindo e que tem a esperança de, em um futuro próximo, seguir os passos da lutadora Natália Falavigna, medalhista de bronze nas Olimpíadas de Pequim. "É um sonho que vou trabalhar para, quem sabe, alcançar um dia", disse Acioly.