A Polícia Federal e a Polícia Civil do Rio Grande do Norte trabalham juntas para identificar o homem que assassinou, no final da tarde desta quarta-feira (01), o advogado Anderson Miguel da Silva, em seu escritório, na Avenida Miguel Castro, em Natal. Na tarde desta quinta-feira (02), o superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Norte, Marcelo Mosele; o secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social, Aldair da Rocha; o delegado geral de Polícia Civil, Fábio Rogério da Silva, além do delegado de Polícia Federal, Elton de Souza Zanata, concederam entrevista coletiva, onde reafirmaram o compromisso de trabalho intenso, com o objetivo de elucidar as circunstâncias em que ocorreu o crime.
Uma nota, divulgada pela assessoria de imprensa da Polícia Federal, informa que o acusado de entrar no escritório e executar o advogado é um homem com, aproximadamente, 1,70 metro de altura e aparentando 25 anos, que fugiu em um automóvel modelo Siena, branco, onde o motorista o aguardava.
"Imediatamente após o ocorrido, Policiais Militares que passavam pelo local foram acionados e deram início a buscas nas imediações do local, a fim de localizar o veículo suspeito. Concomitantemente a esta providência, Policiais Civis, Militares e Federais se deslocaram para o local do homicídio a fim de proceder aos primeiros levantamentos e coletar vestígios relacionados ao fato criminoso", afirma a nota.
De acordo com o delegado Marcelo Mosele, um suspeito foi delito no bairro Planalto, sendo liberado em seguida, por não ter sido reconhecido pelas testemunhas que viram o atirador. O homem levado à Superintendência da Polícia Federal ainda foi submetido a exame residuográfico em suas mãos, que apresentou resultado negativo.
A participação da Polícia Federal nas investigações é justificada porque Anderson Miguel da Silva era réu colaborador no processo relacionado à "Operação Higia", deflagrada em 2008.
A "Nota à Imprensa", assinada por Marcelo Mosele e Aldair da Rocha, termina dizendo que "é consenso entre a Secretaria de Segurança e a Polícia Federal que nenhuma linha de investigação ou hipótese, ainda que remota, pode ser afastada neste momento".
O secretário Aldair da Rocha disse que, apesar da greve de parte da Polícia Civil, a investigação sobre o assassinato começou logo em seguida ao fato, graças a delegados, agentes e escrivães que continuam trabalhando. "Não vamos medir esforços para trabalhar, no sentido de prender os responsáveis por esse bárbaro crime", garantiu.
O superintendente Marcelo Mosele explicou que desde ontem policiais federais e civis estão nas ruas, coletando informações e buscando a identificação do criminoso. "Estamos, neste momento, trabalhando intensamente. Logo depois do crime, surgiram diversas informações, boatos, mas não trabalhamos com achismo. Há muita boataria, mas vamos investigar como deve ser investigado, ouvindo quantas pessoas forem necessárias. Qualquer pessoa suspeita será chamada a prestar depoimento", disse.
O delegado geral de Polícia Civil, Fábio Rogério da Silva, informou que o delegado Marcus Vinícius, da Delegacia Especializada em Homicídios (Dehom), foi designado em caráter especial para apurar o caso. "Estamos unidos e vamos dar condições para que a equipe do delegado desempenhe sua função. Essa troca de informações entre as polícias será de fundamental importância para o êxito nas investigações", disse o chefe da Degepol.
O delegado Elton de Souza Zanata esteve na cena do crime. Ele informou que o advogado Anderson Miguel foi morto em sua mesa de trabalho e não teve qualquer chance de reação. "Acredito que quem praticou o crime, pelo menos, conhecia o lugar, mas não podemos dar mais informações, justamente para não comprometer nosso trabalho", resumiu.
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