Os recentes abalos sísmicos seguidos de um tsunami ocorridos no Japão que juntos deixaram milhares de mortos e vítimas no leste do Japão nos levam a pensar: como situações como esta, de extremo impacto, provocam ou podem provocar em nossa mente?
O cenário de tragédia em que o Japão se encontra é um terreno mais que favorável ao aparecimento de problemas psicológicos como: estresse pós-traumático, síndrome do pânico, depressão e outros problemas decorrentes do luto, das perdas e das separações. Neste contexto, a Psicologia tem o papel fundamental na reconstituição e na retomada da normalização da vida das pessoas.
Entre as primeiras atitudes a serem tomadas em qualquer missão humanitária estar a atitude de providenciar a garantia das condições mínimas de sobrevivência com dignidade, pois a extensão dos problemas psicológicos dos japonese terá relação direta com a demora no atendimento das necessidades básicas de sobrevivência e um psicólogo pouco ou nada poderá fazer se não houver condições mínimas de dignidade.
De acordo com Horacio Toro Ocampo representante da Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil, as intervenções psicológicas nessa situação têm objetivos terapêuticos específicos como: aliviar a aflição e conseguir a modificação da conduta através da terapia psicológica, restaurar a capacidade dos afetados para resolver a situação de estresse, reorganizar a família, a comunidade, as cidades, os locais de trabalho, os espaços onde as pessoas interagem são processos que demandam a atuação do profissional especialista em saúde mental e criar equipes de suporte, constituindo grupos de profissionais que trabalham com o conceito de prevenção e promoção da saúde mental.
Além disso, o manual de suporte psicossocial para situações de emergência criadas pela ONU prescreve que, em um primeiro momento, quando se é instalada a crise, a coordenação do suporte psicossocial não pode separar suas ações de facilitar a transmissão das informações sobre a realidade da comunidade afetada de outras intervenções.
Tão importante quanto o socorro médico e a ajuda humanitária que prestam suporte com alimentos e com abrigo é a ajuda psicológica ás vítimas dessas crises humanitárias. Em meio a está catástrofe natural a interdisciplinaridade e o trabalho em equipe dos profissionais de saúde será um fator decisivo na construção da resiliência* dessas pessoas.
* a capacidade do indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas .
“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.” Confúcio
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